Com os pés fincados na tradição afro-brasileira e também em sua herança sertaneja, em seu trabalho solo Marques expressa essas experiências, transversais à sua ancestralidade, em oito músicas que também reverenciam figuras fundamentais em sua vida – caso de “Obi Orobó”, homenagem à Mãe Edelzuita de Oxaguian, filha direta de mãe Menininha do Gantois, e à sua avó, a Iyalorixá Guiomar de Ogum. Para Roberto Barreto, integrante do Baianasystem e do selo Máquina de Louco, Ubiratan Marques vem, ao longo de sua carreira, “unindo de maneira particular os muitos universos formadores da música produzida no Brasil. Neste disco, se utiliza de elementos sinfônicos, da música pop e do jazz, para construir padrões melódicos e rítmicos que ele desenvolve tanto nos seus arranjos como em suas composições, num reflexo direto da sua maneira de tocar piano