Alfazema
(Russo Passapusso / Jorge Du Peixe / SekoBass / Pupilo / Dengue / Lucio Maia)
Produzida por: Pupilo
Arranjo de Base – Pupilo , SekoBass , Dengue
Voz – Russo Passapusso
Voz – Jorge Dupeixe
Guitarra baiana – Beto Barreto
Guitarra – Junix
Guitarra – Lucio Maia
Baixo – Dengue
Synth, effct,fx – João Meirelles
Programação, Synth – SekoBass
Efeitos, Caixa – Pupilo
Percussão – Toca Ogan, Gustavo Da Lua, Tom Rocha e Marcos Matias.
Selo: Máquina de louco / Babel – licenciado para Somlivre
Poucas semanas depois da secular Lavagem do Bonfim, em Salvador, um outro acontecimento toma conta do bairro do Rio Vermelho, localizado do outro lado da cidade. Também de natureza religiosa mas com apelo festivo, o dia 02 de Fevereiro é dia de Iemanjá. Talvez a divindade mais conhecida fora dos terreiros. A adorada Rainha das Águas.
Com o passar do dia, as energias se transformam e mais uma vez a manifestação assume contornos do Carnaval, que tem seu início a poucos dias dali. É nessa mesma data (02/02) e no clima de celebração espiritual que ocorre o lançamento da parceria entre BaianaSystem e Nação Zumbi: “Alfazema”.
O encontro entres os dois grupos, tantas vezes imaginado pelos fãs, já era uma vontade antiga dos músicos e chega no clima de renovação dos caminhos em 2018.
“Alfazema em Salvador. Lavanda em Recife. É a síntese de duas potências que se admiram e se misturam em harmonia”, afirma Pupilo, que assume a produção musical do single.
O título da faixa evoca o tão lembrado aroma da lavanda, conhecido por quem já viu o desfile do Afoxé Filhos de Gandhy e popularizado nos carnavais de rua de antigamente. São cenas com cheiro, flashs da folia.
“Essa faixa parte de um simbolismo feminino e remete às boas memórias. Alfazema eleva, alivia. É essa sensação de lembranças… do cheiro do carnaval de rua, associado ao ato de benzer, de envolver em proteção”, explica Roberto Barreto, responsável pela guitarra baiana no BaianaSystem.
Os carnavais da Bahia e Pernambuco estão ligados por frevos e tambores. Por lembranças e histórias, cheiros e memórias. Das ruas e dos becos, das festas de Santo e das festas de Largo. Das caminhadas e dos carnavais. O cenário é sempre repleto de energia e intensidade. “Alfazema” chega como uma oferenda, que agradece mas que também expressa proteção.
“Um casal que chora na beira da praia
Ele disse: E agora?
Ela disse: seu tempo acabou.
Diacho eu não te acho
Entro na roda, fico louco
Danço um côco furioso até o dia acabar (…)”
[trecho da música]
LETRA
ALFAZEMA
(Russo Passapusso, Seko Bass, Jorge Dupeixe, Pupilo, Dengue e Lúcio Maia)
Um casal que chora na beira a praia
Ele disse: “E agora?”
Ela disse: “Seu tempo acabou”
Diacho eu não te acho
Entro na roda fico louco
Danço um coco furioso até o dia acabar
Amoleceu meu coração
acende o fogo, estende a mão
O que você tem que me acorda e tira o sono,
vira fome, vira som
vou no fundo, vira mundo
espera o dia voltar
Alfazema (3x) Proteção
O veneno vencendo
e a alma tremendo
sem saber o que estava pra acontecer
despacho, arrego, simulacro
benzer, calçar, blindar é pouco
quando for assim, é pra lacrar!
Sem saber o temporal que estava pra acontecer
Amorteceu meu coração
que já em brasa acende o chão
Só esse cheiro dá o tom
mata essa fome e aumenta o som
no vácuo do teu passo infalso, pulo cedo e vôo alto
desse perfume vou no rastro
lavanda é quem vai mandar!
Alfazema (3x) Proteção
Vou pedir pro cupido acertar seu gosto
Já mandei perfumar seu vestido todo
Vou pedir pro bandido esquecer sua bolsa
Vou mandar vou benzer o seu corpo todo
Vou mandar pra benzer
Vou pedir pra benzer